Sexta – feira – 22/12
Rebecca acordou e o primeiro pensamento foi Vicky. Pensou em ligar para ela, mas desistiu temendo a reação obviamente exagerada de Vicky.
O dia foi tranquilo, Rebecca passou a maior parte do tempo sozinha e descobriu que cada cômodo é monitorado por câmeras, entendeu porque Arlete a deixava sozinha. À noite Chan e Peterson jantaram com ela, a empatia foi imediata. A ideia de morar num sitio já não causava tanta estranheza a Rebecca.
Sábado – 23/12
9h- Tomou café com Arlete. Leu o jornal no quarto.
11h- Almoçou com Arlete e Luiz. Ele a deixou desconcertada com os olhares. Rebecca respirou fundo e conseguiu manter a linha.
15h – Recebeu a visita de Vicky. Rebecca dormia, Vicky entrou lentamente no quarto.
– Boa tarde, bela adormecida – Sentou na cama ao lado de Rebecca.
Rebecca ainda sonolenta.
– Boa tarde!
Vicky folheou o jornal, leu o horóscopo em voz alta.
– O dia está lindo. Tu queres andar de skate?
– Estou cansada.
– Onde você vai passar seu aniversario e natal?
– Acho que aqui mesmo.
– Estou te convidando para passar o natal lá minha casa – Rebecca sorriu.
– Não obrigada!
– Não precisa responder agora. Vai ser divertido, tu está cercada de adultos. É bom ver alguém da sua idade
– O que sua mãe acha disto?
– Ela ainda não sabe, mas é natal tempo de generosidade sem motivo. Por favor, por favor! – Vicky uniu as mãos como se fizesse uma prece.
– Vou pedir a Arlete.
Vicky abriu o guarda roupa.
– Nossa quantos vestidos.
– Você achou que eu só usasse moletom.
– Não, na verdade não sei o que pensar. Que lindo este vestido longo vermelho.
– Detesto vermelho. Prefiro preto.
– A cor da rebeldia.
– A ausência de cor.
– Eu escolho para ti, um vestido longo preto, sandálias de saltos, e ho, ho, ho feliz natal – Vicky sorriu
Vicky e Rebecca trocaram inúmeras mensagens. Mais tarde durante o jantar, Rebecca pediu Arlete para passar o natal com a família de Vicky. Arlete relutou, mas acabou cedendo. Trocou mensagens com Vicky até adormecer.
Que meigo.
Ótima historia.