As línguas tinham se encontrado. Parecia um desses momentos que dizem que o ar some e que o tempo para. Dani e Estella nunca tinham sentido algo igual. Era uma sensação de calor e frio. De medo e de tesão. Era um beijo daqueles que arrepia até onde não era possível se imaginar arrepiar.
Estella não agüentou por muito mais tempo e afastou a menina, que a esta altura já estava com suas várias mãos no corpo da professora.
– Você é maluca e está me deixando também. Acho melhor você ir embora.
– Você acha que me chamar de maluca é ofensa? Você sabe tanto quanto eu que as melhores coisas da vida começam com rápidos atos de loucura.
Dani era a tentação em pessoa. Não só por sua beleza, que não era nada de excepcional, mas por sua quase-inexistente timidez. Por sua destreza em lidar com os sentimentos alheios, como se elas os possuísse em suas mãos e fizesse o que bem entendesse no momento que bem entendesse. Era assim que Estella se sentia com a menina. Ela queria resistir, mas não sabia.
Apoiada de costas na bancada da cozinha, a professora mantinha sua cabeça baixa para não correr o risco de cruzar o olhar com o da menina. Dani, por sua vez, se mantinha pressionando o corpo da professora contra a bancada sem dar espaços para ela fugir.
Agora que tinha chegado até ali, não perderia Estella. Mesmo que por uma noite, a professora seria dela.
– Você quer tanto quanto eu. Para de medo e olha pra mim.
– Não. Eu não quero olhar pra você.
– Só porque sabe que não vai resistir.
Estella odiava a prepotência de Dani e ao mesmo tempo se derretia – por dentro e por fora – pela característica tão ameaçadora e presente. Era uma auto confiança irritante e desafiadora. Estella queria resistir e conseguir dar uma pequena lição aquela menina atrevida, mas não conseguiria. Não conseguiu.
Se deixou escapar e seus olhos foram pegos pelos de Dani no meio do camino. Sua alma incendiou com o olhar da menina e seus corpos reagiram de forma nunca vista. Se encaixaram ainda mais, como se fosse possível, e se conectaram em um beijo que parecia ensaiado. Todos os movimentos faziam parte de uma coreografia feita pelos melhores bailarinos e dançarinos. Era de enlouquecer qualquer uma.
Estella conseguiu forças para virar a posição. Agora era Dani quem estava encostada na bancada enquanto a professora pressionava o corpo por cima do dela. A menina, que sentia seu coração disparar e esquentar a cada toque de Estella, puxava a professora para mais perto pela cintura. Não queria correr o risco dela fugir de novo.
Por alguns segundos Di esteve na mente de Dani. Mas antes que a menina se arrependesse ou se sentisse culpada, ela desviou o pensamento e decidiu lidar com as consequências, sejam quais forem, no dia seguinte. Queria ter aquela mulher para ela. Por completo.
Dani empurrou Estella até a bancada do outro lado da pequena cozinha e continuou a beijando com todo o calor que tinha em seu corpo, com toda a vontade que tinha em si. Era a realização de um sonho de muitas noites. Foram horas e horas de sonos perdidos em planejamentos e masturbações com as imagens de Estella em sua mente. Dani era do tipo que ia até o fim para conseguir o que queria. E sempre conseguia.
– Calma. Para.
Estella empurrou o corpo de Dani quando a menina começou a querer colocar sua mão por baixo da blusa de pijama que a professora vestia. Ela estava sem sutiã e isso poderia não ajudar neste momento.
– Calma porque? Vem aqui, vem….
Dani tentou puxar Estella para perto mas acabou sendo empurrada para mais longe e a professora saiu da cozinha em direção a sala. Dani foi atrás e sem nem dar tempo para que a professora pensasse, a abraçou por trás. Uma mão em sua cintura e outra em seus cabelos. Com uma delicadeza e uma força exatas, o rabo de cavalo do cabelo de Estella foi puxado para trás enquanto Dani lambia e beijava seu pescoço e orelha. As pernas da professora fraquejaram e por pouco ela não caiu.
A mão que começara na cintura, desceu lentamente e encontrou o início da calça de pijama. Dani podia apostar que a professora estava sem calcinha. Estella estava cansada de resistir. Jogou seus braços para trás, alcançou o cabelo de Dani e puxou levemente fazendo com que a menina gemesse em seu ouvido. As duas estavam enlouquecidas.
Dani se preparava para colocar a mão por dentro da calça de pijama quando Estella virou de frente e voltou a beija-la. Já que a professora tinha cedido, agora seria tudo do jeito dela.
A sala parecia rodar mais rápido do que o mundo lá fora. O tesão delas explodia em lambidas, mordidas, unhas e puxões de cabelo. Não era violência, era explosão. O quarto parecia um pouco longe demais e elas caíram no sofá confortável que dominava a sala. Dani por baixo e Estella por cima. A professora estava pronta para abrir a calça jeans da menina quando parou e olhou para seus olhos ainda infantis.
– O que eu to fazendo? Você é uma criança!
– Se você não continuar eu vou te jogar nesse chão, tirar sua roupa e fazer tudo isso que você está com vontade de fazer. A escolha é sua: você começa ou eu começo.
Dani só tinha idade de criança, de resto ela era bem confiante para uma menina de cidade de interior. Estella estava encantada.
– Aqui sou eu que mando.
– Então é só mandar que eu obedeço, Estella.
E assim, Estella continuou da onde tinha parado. Arrancou a calça jeans junto com a calcinha que Dani vestia. Sem que ela pedisse a menina tirou a própria blusa ficando só de sutiã.
Os dedos mais velhos de Estella surpreenderam Dani que gemeu alto e se contorceu enquanto a professora ria triunfante e repetia o movimento. Repetia. Repetia. Repetia.
O sofá já estava enxargado e prometia ser só o começo.