Café fresco e seu aroma invadindo a casa. As manhãs da república sempre eram assim… O momento em que todos se encontravam era esse. Anna nao sabia, mas sempre que podia, Tom fazia questão de montar a mesa do café da manhã para todos! Era o que não fazia com que todos deixassem de se tornar estranhos uns para os outros, já que a correria do dia a dia não lhes permitia se esbarrar sempre.
Todos à mesa. Uns com cara de sono, em marcha lenta, e outros prontos e acelerados para ir pro trabalho.
– Passa manteiga!
– Tem mais café? Esses e outros comentários se misturavam na mesa. Anna olhava aquilo e se sentia bem. Parecia o retrato de uma família que ela só via em televisão.
Café tomado, Duda a carregou pro carro e pegaram a estrada. O primeiro dia depois da mudança de Anna em que o sol apareceu forte e caloroso.
– Já pode me contar pra onde está me levando?
– Quando chegar, você vai ver! – Um sorriso de lado que aguçava curiosidade de Anna.
– Me sequestrar é mole, quero ver me dar outro beijo daquele…
– Anna resmungou tão baixo que quase ela mesma nao conseguiu ouvir!
– O quê? – Perguntou Duda, com os olhos no trânsito.
– Deixa pra depois…
Minutos depois, Anna percebe uma reserva! Muitas árvores e um ar puro que não sentia há muito tempo… Estacionaram o carro na entrada, pegaram a mochila que Duda preparou e seguiram em frente.
O caminho era um pouco longo. Mas Duda sabia exatamente onde a levar. Subiram a trilha, Anna com um pouco de dificuldade foi ajudada por Duda, que a puxava pela mão.
Chegaram ao ponto. Em meio às árvores e às grandes pedras, um rio. Duda à levou a um lugar tão alto, que dava pra ver a imensidão verde se misturando com o céu. Era lindo! Se existe um lugar em que se respira liberdade, é ali. O som da mata relaxava. Não havia ninguém por perto.
Duda não demorou pra arrancar a roupa e cair na água.
– Vem! Ou vai esperar eu ir aí e te dar outro beijo daqueles? – Não podia esperar mais por Anna. Se ela não entrasse, iria buscá-la à força! No melhor dos sentidos.